Roteiro TCL #199

FÉ QUE DÁ FORÇA E RESTAURA
“Que mais direi? Não tenho tempo para falar de… Sansão […]”
Hebreus 11.32
De que maneira você entende que a fé pode trazer força e restauração?




A Bíblia relata muitos episódios da vida Sansão, e há muito para se aprender
com a história dele, tanto em coisas positivas como negativas. Ao olharmos
para a sua história, observamos que a força e a restauração da sua vida vieram
por meio da fé. Sansão nasceu em um tempo no qual Israel estava debaixo da
opressão imposta pelos filisteus, que durava quarenta anos; a razão disso foi
o distanciamento de Deus (Jz 13.1). É recorrente em toda a história de Israel
que o povo sempre era oprimido por conta da desobediência e do
consequente afastamento de Deus. Em todos os tempos, inclusive no nosso,
quando há desobediência e distanciamento da presença do Senhor, o inimigo
exerce opressão.
A história da fé na vida de Sansão começa antes mesmo do seu nascimento,
com os pais dele. Em Juízes 13.3, a Bíblia diz: “Certo dia o Anjo do SENHOR
apareceu a ela e lhe disse: ‘Você é estéril, não tem filhos, mas engravidará e dará
à luz um filho’”. Essa aparição do Anjo do Senhor ocorreu à mulher de Manoá.
Ela compartilhou o ocorrido com seu esposo, e ambos creram naquela palavra,
apesar da limitação imposta por uma esterilidade. Eles tinham tanta certeza
de que a palavra do Senhor se cumpriria que já estavam preocupados sobre
como educar seu filho (Jz 13.8). A fé de um pai e de uma mãe sempre trará
influência na vida de um filho.
Sansão foi o último juiz de Israel. Mesmo que Eli e Samuel tenham sido assim
chamados, eles executaram mais a função sacerdotal. Sansão quer dizer:
“Como o sol”. Este homem nasceu para brilhar; brilhou, mas também foi
escurecido por suas fraquezas. Este israelita foi chamado por Deus para ser
um nazireu permanente, não apenas pelo período de um voto específico. A
Bíblia ensina que um nazireu não deveria cortar seu cabelo, não poderia participar de nada que viesse da videira, nem comer nada impuro e, também,
não poderia se aproximar de cadáveres (Nm 11; Jz 13.4,5). A história deste
herói é épica, extraordinária, lembra os super-heróis, mas não é ficção;
Sansão foi uma realidade. Duas coisas se destacam, nitidamente, na vida
deste homem: a sua força e as suas fraquezas. Analisemos esses dois
extremos da vida de Sansão e busquemos aplicações para a nossa vida.
Ele era um israelita, portanto, aliançado com o Deus Todo-Poderoso (Jz 14.3).
Tinha um chamado especial “[…] o menino será nazireu, consagrado a Deus
desde o nascimento; ele iniciará a libertação de Israel das mãos dos filisteus”
(Jz 13.5). Foi abençoado por Deus, o Espírito Santo agia na vida dele (13.25)
e o capacitava com uma força extraordinária. “O Espírito do Senhor
apossou-se de Sansão, e ele, sem nada nas mãos, rasgou o leão como se fosse
um cabrito” (14.6); “[…] Mas o Espírito do Senhor apossou-se dele. As cordas
em seus braços se tornaram como fibra de linho queimada, e os laços caíram
das suas mãos” (Jz 15.14). A nossa força está nas mesmas bases, pois
firmamos a nossa fé na aliança que temos com Deus; somos chamados por
Ele, temos o Espírito Santo em nós e por meio dEle podemos nos fortalecer
e vencer os nossos inimigos.
Infelizmente, esse homem forte não vigiou e começou a fazer concessões.
Circula em meio aos vinhedos (14.5). Toca no cadáver do leão para obter mel
– algo doce – (Jz 14.8-9). Em uma longa festa do seu casamento deve ter
tomado vinho (Jz 14.10). Corrompeu-se moralmente – “Certa vez Sansão foi a
Gaza, viu ali uma prostituta, e passou a noite com ela” (Jz 16.1). Apaixonou-se
por uma mulher perversa – “Depois dessas coisas, ele se apaixonou por uma
mulher do vale de Soreque, chamada Dalila” (Jz 16.4). Deixou-se envolver por
Dalila, entregou-lhe o segredo de sua força, ficou afastado de Deus, teve
seus olhos perfurados, tornou-se um escravo e foi colocado para arrastar um
moinho: “[…] Prenderam-no com algemas de bronze, e o puseram a girar um
moinho na prisão”. (16.6-22); esse era um trabalho feito por animais.
Enquanto arrastava o moinho, com certeza, ele refletiu muito sobre as
decisões erradas que tomou, quebrantou-se diante de Deus e seu cabelo
voltou a crescer. Ao ser chamado para ser objeto de zombaria e de louvor ao
deus Dagom, ele ora a Deus e impõe a maior derrota ao seu inimigo, mesmo
que isso lhe tenha custado a própria vida (Jz 16.25). Ainda que os filhos de
Deus falhem, Deus nunca perderá. Diante de nossas fraquezas, tenhamos fé
no Deus que restaura, quebrantemo-nos diante dEle e oremos ao Senhor;

Ele nos ouvirá e nos restaurará.